Sarah é um personagem muito interessante. Por causa do personagem tive que fazer pesquisas sobre expressões de homosexualidade. Diferenciar um gay, de um travesti, de um transexual, uma drag, um "bichinha", etc. Para mim, até então não tinha percebido, mas compreender o sentimento foi essencial para criar o personagem. Sarah é um transexual, ou seja uma mulher no corpo de um homem. Por causa de sua origem humilde, tem batalhado para conseguir ser operada, e para isso ganha dinheiro dançando em um boate do centro de São Paulo. Ela é um misto de fragilidade e força. Não poupa esforços para ajudar alguém, nem para seu show que é sua grande paixão. Mas sua carência a faz ser submissa de um homem malandro e aproveitador. Seu medo de não ter ninguém a obriga a aguentar coisas absurdas desse homem. Até a chegada de João. Esse é um encontro que vai marcar a vida dos dois, e modificá-los.
Quando pensei no argumento, minha intenção era justamente de colocar a angústia do personagem de Sarah. Como era viver num corpo, pensando e vivenciando outra realidade? Qual deveria ser o tamanho da angústia deste personagem que tinha dificuldade em se aceitar.
ResponderExcluirÉ certamente um universo muito rico e acima de tudo fascinante, com inúmeras formas de exploração.
Acho que o curta passa isso.